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Um criminoso excêntrico, louco por livros raros, é tema de reportagem com cara de romance policial da jornalista americana Allison Hoover Bartlett
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Em uma perseguição ao estilo “gato e rato”, o livro mostra a história real de um ladrão bibliófilo, um detetive persistente e os bastidores dos colecionadores literários. |
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Os livros são o reduto das mais belas histórias de amor, de intrigas e conspirações que transitam ao longo do tempo e impulso para a imaginação. Em O homem que amava muito os livros, que chega ao Brasil pela Editora Seoman, o que é apenas um meio que permite ao leitor vivenciar tais emoções, torna-se protagonista em um enredo que resgata uma perseguição real entre um ladrão de livros apaixonado e um detetive persistente, revelando os bastidores dos colecionadores literários. Uma história real, mas que poderia ser o roteiro de um dos romances do escritor John Dumming, autor de obras com instigantes títulos como Edições Perigosas – na qual Gilkey se inspirou –, Impressões e Provas e A Promessa do Livreiro.
Entre 1999 e 2003, John Gilkey usou diversos números de cartões de crédito adquiridos irregularmente em seu trabalho em uma loja de departamentos para roubar algo entre US$ 200.000 e US$ 300.000 em livros raros. Dentre seus exemplares, constam preciosidades como o Book of Hours, datado de 1480, e uma edição de On the Road, autografada por Jack Kerouac.
Por todos esses anos, foi seguido e investigado minuciosamente pelo bibliodetetive Ken Sanders, que havia conquistado reputação por ter capturado organizações criminosas famosas por seus roubos. Foi ele quem localizou e desmantelou a Gangue Irlandesa do posto de Gasolina, que costumava usar a internet para fazer transações fraudulentas com negociadores, que remetiam os livros encomendados para o endereço de um posto de gasolina na Irlanda do Norte. Porém, nenhum destes casos era comparável a perseguir John Gilkey, um homem sem rosto, sem vínculos e que agia sozinho.
Ao mesmo tempo em que Allison narra a perseguição entre esses dois homens apaixonados por livros, ela resgata relatos em que o amor pelos livros transforma-se em loucura. Seus exemplos vão desde o simples e excêntrico ladrão ao sociopata, do professor de Nebraska que foi forçado a dormir em um berço em sua cozinha para dar espaço para suas 90 toneladas de livros, ao monge espanhol do século XIX que estrangulou um homem e esfaqueou outros nove, a fim de invadir suas bibliotecas.
O terceiro personagem que se destaca na trama é a própria autora que, envolvida pelo fascínio do universo dos colecionadores de livros raros, dos bibliófilos e bibliomaníacos, tenta compreender o perfil psicológico de Gilkey e questiona qual o limite que o separa de cada um nós – principalmente dela própria, que guarda há três anos um livro raro, datado do século XVII, que não lhe pertence.
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Sobre a autora
Allison Hoover Bartlett teve seus textos publicados nos jornais The New York Times, The Washington Post, na revista San Francisco Chronicle Magazine e em outros periódicos. Sua primeira matéria sobre John Gilkey foi incluída na antologia The Best American Crine Reporting 2007.
Sobre a Editora Seoman
Adquirida em 2009 pelo Grupo Editorial Pensamento, a Editora Seoman publica livros nas áreas de biografia, moda e cultura pop. Integra os selos do Grupo Editorial Pensamento, reconhecido pelo pioneirismo e inovação na seleção de temas e títulos para publicação.
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